No cálculo de votos válidos, petista tem 55%, contra 45% do presidente, aponta pesquisa
Levantamento divulgado pelo instituto nesta quarta-feira (5) mostra o petista com 51% das intenções de votos totais, ante 43% do atual mandatário. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Votos em branco ou nulo somam 4%. Não souberam ou não responderam 2% dos entrevistados.
O levantamento questionou se os entrevistados poderiam mudar de voto e 92% disseram estar totalmente certos de seu voto, enquanto 8% responderam que poderiam trocar de candidato.
O instituto ouviu 2.000 pessoas da segunda-feira (3) até esta quarta.
No cálculo dos votos válidos, que excluem os em branco ou nulos e são usados pela Justiça Eleitoral para totalizar o resultado das eleições, o petista tem 55%, contra 45% de Bolsonaro, segundo o Ipec.
No primeiro turno, no último domingo (2), Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.
Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulo para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções eleitorais.
Lula foi o mais votado em todo o Nordeste, em Minas, e em quatro estados do Norte. Bolsonaro ficou à frente em todo o Sul e o Centro-Oeste, em três estados do Sudeste e em outros três do Norte.
O Ipec também pesquisou a taxa de rejeição dos candidatos. Disseram que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro 50% dos entrevistados. A rejeição de Lula foi de 40%.
O segundo turno da eleição será realizado no próximo dia 30.
Os dias seguintes à primeira votação foram marcados por declarações de apoio de líderes políticos pelo país aos dois presidenciáveis. Lula recebeu a adesão do PDT de Ciro Gomes e de Tebet, além de tucanos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra (SP).
Bolsonaro obteve o apoio do governador reeleito de Minas, Romeu Zema (Novo), do ex-juiz Sergio Moro, eleito senador pela União Brasil do Paraná, e do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que foi derrotado no primeiro turno.
O PSDB e o MDB formalmente liberaram os filiados quanto ao apoio no segundo turno. Tucanos como João Doria e a senadora Mara Gabrilli (SP) já disseram que não vão se posicionar.
A pesquisa do Ipec foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-02736/2022.